quarta-feira, 10 de abril de 2013

Pessoas legais.



Todo mundo diz que você é bacana
Mas quem tá contigo quando você tá sem grana?  
E na hora de juntar moedas pra comprar uma dose?
Amigos que façam isso tenho só uns 9.  
São centenas na rede social
Mas quem liga quando você tá mal?  
Tem os que conversamos pessoalmente
Esses não perdem a oportunidade de falar mal dos outros na nossa frente  
Agora me diz, quem tá errado?
Quem anda com você só pelo seu carro?   
Eu? Ah, eu espero até o bar fechar
É nessa hora que tudo termina pra começar de novo em outro dia.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Saudade de você

Relendo meus diários de 6 anos atrás, vejo como me contantava com pouco.   
Fiquei surpresa ao ver como tinha a facilidade de me desapegar das coisas (pessoas). Também ostentava altas tendências suicidas. Frases como "quero morrer", "odeio a minha vida" e "nos encontramos no céu" se repetiam entre as linhas do caderno. 
O que trouxe também lembranças boas. Somente quem me conheceu entre 2004 e 2006 sabe do que estou falando. Desde Pamela, Thiago, Samuel, passando por Luciana chegando a Jonas, Gersony e Vinícius. Minha vida mudou muito. E rapidamente. Morar em São Paulo fez com que eu virasse refém de coisas que antigamente não me fariam falta alguma. Nem quando eu morava no Rio de Janeiro eu sentiria falta. 
Falta mesmo sinto da Naíra de 2005, que tinha um monte de amigos e estava descobrindo a juventude em um local que hoje se encontra longe em km mas a segundos do coração. 

Saudades de você, Maranhão.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Vamos brincar de fingir?

Brincadeira que eu e umas amigas desenvolvemos.
Thanks @GyzaCastro
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É fácil. Começa assim:


Eu finjo que você não existe.
Você finge que não me conhece.
Eu finjo que apaguei seu telefone.
Você finge que me esquece.
Eu finjo que não visito seu orkut.
Você finge que tá sem net.


Se isso estiver muito óbvio, me fale. A gerência agradece.


Vou fingir que meu coração não dispara quando te vejo.
Você finge que não se lembra dos meus beijos.
Vou fingir que o que eu finjo é verdade.
Você finge que não sente saudade.
Vou fingir que não tenho ciúmes das amigas suas.
Você finge que não liga para os amigos meus.
Vou fingir que esqueço seu nome de vez em quando.
Você finge que não passa as madrugadas os meus tweets olhando.
Vou fingir que não penso em te ligar, mesmo que seja tarde.
Você finge que pensar nas nossas memórias não arde.
Vou fingir que aquele filme não me lembra você.
Você finge que não viu porque quebrou sua tv.
Vou fingir que não te vi porque estou sem óculos aqui.
Você finge não me viu porque seus amigos estavam aí.


Vamos fingir que levaremos essa brincadeira a sério.
Sem segredos, sem mistérios.
E quando você quiser parar de brincar me avisa.
Brincar de fingir me deixa enlouquecida.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Você é demais

Fico pensando tanto em te esquecer, que me esqueço de lembrar que penso em ti para deixar de pensar e sendo assim, penso de você.


Se você também é do tipo que acha que o relacionamento tem salvação, mesmo com o mundo te dizendo o contrário, toca aí o/. Não adianta pedir pra sua amiga abrir seus olhos: Ela não vai dizer o que você quer ouvir. Ou até vai, mas isso só você vai interpretar.


É a razão mandando você comprar açúcar e seu coração comprando sal.

Não importa quem colocou o ponto final. A palavra "final" é inaceitável! Namorar é a pior droga que existe no universo. Nunca vi algo que cause mais dependência do que relacionamentos.
Não importa o que os outros palpitem. Só você sabe o que sente, se aquilo tudo pelo que sofres vale a pena.
Só você sabe o que está perdendo.
Só você sabe o que está ganhando.
Eu sei que não há cola no mundo que reconstrua um coração partido.
E nem delineador a prova d’água que suporte as lágrimas de uma separação.


Bate aquela vontade louca de querer voltar, ter tudo de novo, fazer tudo junto...
O mundo era de vocês dois, e agora, você está sozinha nele. Quem irá ocupar esse lugar agora?
Pessoas são substituíveis sim. E pra você que acreditava que eu não conseguiria viver sem seu suporte. Ponha-se em seu lugar. Você foi substituído, não te conheço mais. Na verdade, nem consigo te olhar nos olhos.
O ser humano tem essa tendência de colocar a culpa sempre no próximo.
Talvez seja esse o meu erro. Eu é que não te mereço, você é demais pra mim.
Você é demais em tudo. Você é a tradução do advérbio de intensidade. 


Muito tudo. Muito falso. Muito mentiroso. Muito cretino. Muito cínico. Muito traíra. Muito fumante. Muito bêbado. Muito viciado. Muito bom na arte de me fazer sentir bem. Muito bom na arte de me deprimir. Muito bom na arte de criar ilusões. Muito bom na arte de fazer ceninhas. Muito bom em chamar a atenção.
Pronto, você conseguiu. Seus cinco minutos de fama serão tão rápidos quanto a sua capacidade de raciocínio. Acho que dá pra colocar todo o seu currículo em 140 caracteres. Não?


Aproveite o momento, e dê as mãos pra aquela sua amiga, que também adora os holofotes. Aquela lá, que acha que o mundo inteiro a venera! Lembrou?


Não vou ser hipócrita de te desejar felicidade ao lado dela. Quero só que você tenha a menta limpa e tranqüila, que não tenha mágoa ou ressentimentos. Eu sei como são essas sensações. E por mais que tu sejas um bosta no momento, não almejo esse sentimento pra ninguém. Claro que uma vez ou outra eu vou desejar a sua morte, um acidente ou quem sabe uma queda de cabelo. Mas é natural, tô sozinha em um mundo novo e vou te confidenciar uma coisa: Aqui, é uma selva.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu sou ísta, eu sou ego

Todos os dias eu me prometo não ficar mais a mercê da boa vontade dos outros.
A verdade é que, preguiçosa que sou, quero que façam tudo por mim.
Deixou tudo pra depois mesmo, não tenho pressa. Sou imortal.
Não, não agüentaria viver para sempre. Sofrer pelos mesmos motivos, chorar pelas mesmas razões, me decepcionar com as mesmas pessoas... É muito mais fácil ver a merda que vai dar do que enxergar flores no fim de tudo. Afinal, coisa besta essa, pois todos nós só enxergaremos flores no fim.
O pote de ouro no fim do arco-íris nunca esteve tão perto e longe ao mesmo tempo.
Se seguirmos a linha proposta e entregue ao nosso caminho não será tão divertido brincar de viver!
Por mais que tudo já esteja escrito, gosto de alterar o já predestinado a ser alterado.
Eu sei que a intenção é inverter os papéis em algum momento, mas agora não. Sou a criatura, e você o criador.
Longe de mim fugir do que me aguarda, mas gosto de ser surpreendida.
É como uma mordida. Você sempre vê o que está colocando na boca antes de mastigar, certo? Não tem como atirar no escuro. A vida é assim também. Você acha que conhece todos e sabe de tudo, mas quando menos se espera, sente o gosto amargo de algo que passou despercebido ou não foi avisado.
Conforme lavamos a boca, mais o gosto fica. E o medo de aquele sabor nunca sair dali é desnorteante.
Então não importa o quanto você ache que está no comando das coisas, você sempre se surpreenderá com algo.
Ás vezes achamos que conhecemos mais o outro do que ele mesmo, e isso é muito errado. Aquele cara que disse “Conheça-te a ti mesmo” devia ser muito seguro. Apesar de isso ser total verdade, você mesmo se surpreende com suas próprias atitudes. Dá vontade de parar, gritar, pedir para o mundo parar e descer. Mas isso meu caro amigo, não dá para fazer.
Eu sei que temos essa falsa ideia que podemos brincar com os outros, que nunca nada nos afetará e que não importa quando, mas em um futuro próximo vamos achar alguém e compartilhar todas essas idéias estranhas e inconvenientes que passam pelas nossas cabeças. O que preciso na verdade, é tirar da minha mente essa filosofia de que tudo dura para sempre, e que o tão esperado happily ever after na verdade só existe nos contos do Walt Disney.


Mas como disse, sou imortal. Sou muito teimosa também. Eu quero o meu happily ever after!


Se for pra viver pra sempre, quero uma estrada no meio do deserto com um som tocando bem alto, no maior estilo Thelma & Louise, ao invés de seguir a trilha de tijolos amarelos.

E na real, quero mesmo é aprender a desapegar de quem não merece meu apego.


Já perdi muito tempo nessa vida sorrindo pra quem não merece um bom dia, e dando sim a quem merece sempre um não. Eu vou aprender a desistir pouco a pouco das pessoas, e quero que seja recíproco.
Pessoas demais me cansam, me enojam e trazem muito a acrescentar, seja de bom ou ruim. E pra uma pessoa que quer viver para sempre como eu, isso é bastante coisa pra assimilar. Não tenho tempo pra isso. Quer dizer, até tenho. Mas a eternidade me espera, e eu sou egoísta demais pra dividir isso com alguém.

Ao som de Paranóia 66 da banda Condessa Safira www.myspace.com/condessasafira

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Now Playing


Estava eu passeando pelos canais da minha TV por assinatura, quando de repente ele travou na MTV Hits. Um clip colorido, uma mulher com uma franja esquisita e um refrão engraçado e pegajoso aparece na tela da minha TV. Era a Ida Maria, uma norueguesa muito foda, com uma voz que me lembra um pouco a da Juliette Lewis.



Nem lembro da última vez que escutei uma voz feminina feita pro rock tão boa. Com letras que falam sobre ir para o inferno, homens nus e Deus vender drogas com uma prostituta, Ida Maria é pra mim o girl-rock-power do momento. Ela ainda não é muito famosa por aqui, porém já gravou uma música com o Iggy Pop!









QUEENS OF NOISE ->


 


A receita é simples. Junte 5 adolescentes, cinta-liga, rock and roll. Pronto, você tem a banda The Runaways. Formada nos Estados Unidos em 1975, a banda que tem em na sua formação só por garotas (Sandy West, Joan Jett, Lita Ford Cherie Currie e Jackie Fox) foi sucesso mundial, com um punk rock de atitude e letras compostas por elas mesmas que traduziam a realidade pelas quais passavam na época, desde o convívio com os pais aos dias na escola. Músicas como “Cherry Bomb”, “School Days” e “Queens of Noise” tocavam no Japão sem parar, e as meninas até fizeram uma turnê com os RAMONES!
Infelizmente a banda durou pouco, acabando em 79.



Esse post é pra você, que quer conhecer a banda antes que o filme sobre a vida delas estreie no Brasil, que tem no elenco a Kristen Stewart e Dakota Fanning. Sabe, pra não fazer parte da “modinha Runaways”. Ou será que já é tarde?
Olha o trailer!




Are ready to rock and roll?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Come as friend

Estava eu voltando do trabalho, quando me deparo com a cena: 5 jovens, o mais velho beirando os 15 anos. Todos devidamente trajados no rock style: All Star mais sujo que o próprio quarto, a camisa beirando a nojeira em que se encontra a louça na sua pia e os cabelos... ah, os cabelos prefiro nem comentar. Parecia um dejavu meu de 5 anos atrás. Meu fone de ouvido não conseguia conter os gritos grunges que tocavam loud and proud no meu celular, fazendo com que qualquer pessoa que passasse ao meu lado escutasse aquele trio dos anos 90. Foi quando um deles disse em voz alta: “Adoro quando esse povo que não conhece rock fica colocando Nirvana alto pra chamar atenção.” Como pode aquele moleque de 12 anos achar que sabe mais de Nirvana do que eu? Choquei na hora. Deu uma vontade de incorporar filha de deputado e dizer: “Você sabe com quem está falando meu querido?”


Não sou de fazer quiz pra saber se a pessoa é realmente fã de uma banda, não chamo niguém de poser. Mas quando aquela criança com o ego nas alturas quis me questionar, fiquei intrigada. Perguntei a ele qual era o álbum do Nirvana que ele mais gostava, ele respondeu Nevermind. Até aí tudo bem, é um clássico. Perguntei onde Kurt nasceu, ele disse Estados Unidos. Tá, a partir daí comecei a segurar o riso. Mas a gota d’água foi ele dizer que tem um vídeo onde o Nirvana e o Guns cantam juntos bêbados e felizes, “Smell like teen spirit”. Como não presto, disse: “É realmente, a amizade entre as bandas era linda... E aquela música que o Dave Grohl canta com a Courtney Love também é da hora né?” Ele sem pestanejar disse: “Sei tocá-la no violão.” 
Ok, paro por aqui.